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segunda-feira, 23 de maio de 2011

CCT apresenta novas regras para aprovação de concessões de rádio e TV


A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) terá novas regras para analisar e votar concessões de emissoras de rádio e TV. Entre as mudanças, está a exigência de comprovação de capacidade financeira por parte daqueles que estiverem solicitando a concessão.

Outra mudança, que ainda depende da aprovação de um Ato da Comissão, é a proibição de que os senadores da comissão relatem projetos relativos a concessões em seus estados. O ato, apresentado pelo presidente da CCT, senador Eduardo Braga (PMDB-AM) deverá ser votado na próxima reunião do colegiado, prevista para o dia 25, quando o senador Pedro Taques (PDT-MT) deverá apresentar seu relatório sobre a matéria.

Vários senadores elogiaram essa proposta. Cyro Miranda (PSDB-GO) admitiu que não se sentia à vontade para relatar projetos do seu próprio estado, para que não fosse acusado de favorecimento. A medida, para Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), vai trazer mais tranquilidade para que a CCT possa aprovar projetos de concessão. Já para Pedro Taques, é preciso também elaborar um marco regulatório para o setor de telecomunicações, para "evitar monopólios e oligopólios nos meios de comunicação".

A decisão sobre a necessidade de comprovação da capacidade financeira foi tomada após denúncias da imprensa de utilização de empresas em nome de "laranjas" (sócios falsos) para comprar concessões de rádio e TV nas licitações públicas realizadas pelo governo federal.
No dia 12 de abril, a CCT criou um grupo de trabalho para rever normas e procedimentos no âmbito do Congresso Nacional e do Executivo para evitar esse tipo de fraude.
Alterações
Pelos novos critérios de análise, o Senado deverá abrir prazo de dez dias para recebimento de manifestações ou denúncias acerca de cada processo de outorga e renovação em tramitação na CCT. O objetivo é permitir que a sociedade se manifeste sobre a atuação da emissora do ponto de vista societário, fiscal e de conteúdo. As denúncias serão examinadas pelo relator, a quem caberá adotar as medidas cabíveis para comprovar as informações.
Também ficou acordado que a CCT realizará audiências públicas em casos especiais de outorga e renovação, levando-se em consideração fatores que envolvem interesse público, abrangência do serviço prestado e existência de fatos ou indícios que justifiquem uma discussão mais aprofundada.
O envio, pelo Ministério das Comunicações, da comprovação da capacidade econômico-financeira de todos os contemplados nas licitações será também mais um requisito para exame dos projetos pela CCT.
Várias outras sugestões foram feitas ao Executivo, entre as quais a necessidade de consulta pública prévia ao processo de licitação para prestação de serviço de radiodifusão.
Outra sugestão encaminhada ao Executivo é de que haja previsão, no edital de licitação, de percentuais mínimos de regionalização da produção cultural, artística e jornalística e de produção independente a serem cumpridos pela emissora vencedora.
Projetos
Nesta quarta, a CCT aprovou 22 projetos de decreto legislativo deautorização para exploração de serviço de radiodifusão comunitária em diversas cidades brasileiras. Todos já foram examinados com a devida comprovação econômico-financeira enviada pelo Ministério das Comunicações.
Fonte:Agência Senado

Publicidade infantil é discutida na Câmara dos Deputados

Deputados, especialistas em comunicação e advogados discutiram na terça-feira (17) o Projeto de Lei 5921/01, que proíbe  a  publicidade direcionada ao público infantil. O seminário foi promovido pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara.
O relator da proposta na CCTCI, deputado Salvador Zimbaldi (PDT-SP), não quis adiantar sua posição sobre o tema. Ele afirma que é  preciso encontrar um ponto de equilíbrio entre a proibição total e a proteção às crianças. “Não haverá tempo hábil para preparar um relatório ainda no primeiro semestre, mas a proposta deve estar pronta para votação ainda neste ano”, afirma Zimbaldi.
O  presidente do Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) entidade que cuida do setor no país, Gilberto Leifert, afirmou que  as regras para a publicidade de produtos infantis foram atualizadas em 2006, e que em 2009 foram registradas 78 intervenções para retirar do ar propagandas consideradas nocivas. Em 2010, segundo ele, foram 46 casos. “Conseguimos agir mais rápido que o Judiciário para retirar do ar uma propaganda considerada abusiva”, disse.
Na avaliação da  coordenadora de Mobilização do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, Gabriela Vuolo, a autorregulamentação precisa ser repensada. “O instituto, como outros, esperam que uma parte da regulamentação seja feita por leis de proteção à infância”, afirma.
“Não queremos a proibição, mas queremos que a publicidade seja direcionada para quem de fato toma as decisões, que são os pais, e não a criança, que não é o consumidor e não tem capacidade de julgamento”, afirmou a representante do Conselho Federal de Psicologia Roseli Golfman.
O Diretor de Assuntos Legais da Abert, Rodolfo Machado Moura,  destacou a importância da autorregulamentação do setor publicitário brasileiro. Moura afirmou que a Abert considera o projeto de lei inconstitucional. Ele disse ainda que "nos países que restringem a publicidade a radiodifusão é  pública, bancada pelo estado”. "A radiodifusão brasileira é eminentemente custeada pelos recursos referentes a  venda dos espaços publicitários”, afirmou.
O deputado Milton Monti (PR-SP) também defendeu a possibilidade de regulamentação. “Estamos discutindo uma regulamentação, e não a simples proibição, uma forma de preservar a infância, mas também  de manter a capacidade das empresas de se sustentarem”, disse o parlamentar durante o seminário.
O texto original, do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), previa a proibição de qualquer publicidade de produtos voltados a esse público. Para virar lei, o projeto ainda tem que ser aprovado por duas comissões da Câmara e pelo Senado, antes da sanção presidencial.

Assessoria de Comunicação da Abert com  Agência Câmara

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Brasileiro é 3º maior usuário de rede social

Mesmo com banda larga precária, Brasil é um dos maiores consumidores globais de internet, diz a consultoria comScore 



É fato que a banda larga é lenta na maioria das cidades onde ela chega no Brasil. Baixar arquivos pesados, com capacidade restrita, é um tormento. Fora isso, os preços dos serviços de acesso são altos. Com esse cenário de fundo, o País teria todas as precondições para ser um dos lanterninhas no consumo de internet. Lento engano.

O Brasil ocupa a terceira posição em páginas visitadas nas redes sociais, atrás de EUA e Rússia. No portal de vídeos do YouTube, o País também não faz feio. Está entre os cincos maiores usuários no mundo. Os dados são da consultoria americana comScore, especializada em serviços online. Nesta semana Greg Dale, diretor global de operações e também um dos fundadores da empresa, chega a São Paulo para apresentar em detalhes o retrato do consumo digital dos brasileiros. Ele será um dos palestrantes do ProXXima, evento sobre negócios da comunicação digital que acontece nesta quarta e quinta-feira.

Segundo dados da consultoria, mesmo com as limitações de infraestrutura, a audiência da internet no Brasil cresce 20% ao ano, contra uma média mundial de 8%. E há mais de 40 milhões de brasileiros que acessam a internet em casa ou no trabalho, o que torna o País o oitavo mercado do mundo entre os maiores consumidores de bit e bites.

Potencial. Dale diz que o País é uma das principais apostas da empresa. "É o maior mercado na América Latina, uma região que é muito importante para nossos planos de expansão. O Brasil cresceu mais que os outros países da região e tem o nosso maior escritório comercial". Instalada em São Paulo, a filial da empresa americana tem no portfólio 70 clientes - entre agências de propaganda, portais, empresas de comunicação e companhias dos setores automobilístico, aéreo e varejo - para os quais monitora 40 mil sites e canais online. A comScoreé concorrente da consultoria Ibope Nielsen Online, joint-venture entre a empresa de pesquisas brasileira Ibope e americana Nielsen.

Uma das maiores preocupações dos executivos de marketing das companhias é medir e controlar os resultados de seus investimentos. Cuidado que se redobra diante da enorme segmentação do universo digital já, por si, bastante intimidadora para uma empresa monitorar suas marcas e imagem corporativa, hoje ativos relevantes em seus negócios. Por isso mesmo, mais do que registrar a audiência online, as empresas que prestam serviços nesse setor se esmeram em vender capacidade de análise dos resultados de forma a tornar eficiente a aplicação das verbas publicitárias.

Dale da comScore, porém, não foge à regra da pregação usual do meio marqueteiro. Campanha para dar resultado de vendas tem que casar ações online e offline. "Fizemos uma pesquisa significativa sobre construção da marca online e concluímos que o clique não poder ser métrica para avaliar o desempenho de uma campanha online, porque poucas pessoas realmente clicam em anúncios", constata Dale.

Fundada em 1999 e com ações listadas na Nasdaq desde 2007, a comScore acompanha mais de três milhões de sites em 170 países.

Negócios - Internet
Marili Ribeiro - O Estado de S.Paulo

'Laranjas' em radiodifusão revelam falhas na fiscalização e na regulação do setor


Debate da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) sobre o uso de sócios falsos ("laranjas") em licitações públicas para a compra de concessões de rádio e TV expôs, nesta quarta-feira (27), falhas na fiscalização desse processo e no marco regulatório do setor de radiodifusão. Mais do que ajustes na legislação atual, constatou-se ser necessário cumprir as normas já em vigor e se evitar que aspectos econômicos prevaleçam sobre os técnicos.
Enquanto o Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ainda ajustam os procedimentos de fiscalização do setor, desvios nos contratos de outorga de radiodifusão, seja pela identificação de sócios fictícios, seja pela transferência irregular de propriedade, vêm sendo encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF) e à Advocacia-Geral da União (AGU). Isso foi o que informou o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério, Genildo Lins de Albuquerque Neto.

Paralelamente, o Ministério das Comunicações decidiu suspender as licitações para outorga de rádios educativas e retransmissoras de TV. Segundo denúncia publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, agenciadores vêm negociando esse tipo de concessão pública, de caráter gratuito, via internet. Como explicou Genildo Albuquerque Neto, a comprovação de operações do gênero, bem como de transferência irregular de outorga, caracteriza crime de falsidade ideológica, punido, administrativamente, com a cassação da autorização.