Mensalmente,
o ECAD emite cerca de 81 mil boletos de cobranças. Por isso, o
volume de solicitações é grande o suficiente a ponto de que até
mesmo a análise e identificação de uma música gravada precisar
ser automatizada. Caso contrário, o processo se torna caro demais.
Sendo assim, o ECAD usa um sistema desenvolvido em parceria com a
PUC-Rio e que foi batizado de Ecad.Tec CIA Rádio.
Esse
sistema é capaz de reconhecer características marcantes das músicas
tocadas pelas rádios e extrair uma espécie de “DNA” ou
“impressão digital” delas. Depois, esse identificador é usado
para reconhecer as faixas executadas e, com base no relatório gerado
pelo sistema, distribuir os direitos autorais arrecadados.
Durante
a apresentação do ECAD organizada no último 18, o gerente de
arrecadação da instituição, Mario Sérgio Campos, chegou a
brincar que o sistema é muito melhor do que o Shazam, app
para iPhone e Android que
reconhece canções que estejam tocando em determinado ambiente. Pelo
menos no quesito velocidade não há como negar que o Ecad.Tec CIA
Rádio é melhor: em média, o sistema é capaz de analisar 1 hora de
música em apenas 3 minutos.
Número
e controvérsias.
Em
2011, o ECAD distribuiu R$ 411,8 milhões para mais de 92,6 mil
compositores, intérpretes, produtores, músicos e editores
fonográficos. A previsão para 2012, de acordo com Campos, é o
crescimento de 13%, chegando à arrecadação final de R$ 612
milhões. Se por um lado isso é visto com bons olhos, já que
artistas estão sendo pagos por seus trabalhos, por outro ainda há
muita desconfiança sobre a maneira com a qual o ECAD opera.
Recentemente,
a entidade também ganhou a mídia ao ser alvo de investigação na
CPI do ECAD, que levantava dados sobre supostas irregularidades
praticadas pelo órgão. O processo de investigação durou quase um
ano e, nas reuniões da CPI, foram ouvidos depoimentos de artistas,
produtores funcionários, especialistas e dirigentes do ECAD. Na
época, o texto final da CPI sugeriu, entre outras medidas, a
fiscalização do órgão pelo Governo Federal.
Em
setembro passado, diversos artistas se encontraram com a atual
Ministra da Cultura, Marta Suplicy, para debater a falta de
transparência na prestação de contas do ECAD. Entre os nomes
presentes na reunião estava Ivan Lins, um dos 40 artistas
que apoiam o trabalho do ECAD. Pelo visto, a entidade tem se
modernizado e tentado esclarecer a sociedade a respeito de seus
serviços, mas ainda há muita discussão pela frente.
Fonte:
Techmundo.estraido
do BLOG Gabriel Passajou
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